quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Equipe Diretiva.

DIRETOR: Tarcisio Ceolin.
VICE-DIRETORA: Rosângela Maria de Freitas.
DIRETOR ADMINISTRATIVO: Norberto Both.
VICE-DIRETOR MANHÃ: Alvaro Barreto Lisbôa.
VICE-DIRETOR NOITE: Elder Luiz Santini.
COORDENADORAS: Tania Marlene Costa Menegat, Sônia Suzana Farias Weber.
SOE: Carmen Medianeira Alves Bolsson, Marineida dos Santos Fernandez, Edith Launir Mello Thomasi.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

 
UMA LIVRE INTERPRETAÇÃO SOBRE
“O PORTAL DE ENTRADA DO MANECO”
Adalgiro Batistella


Todos os dias  inúmeras pessoas entram e saem da escola: professores, funcionários alunos, e pais de alunos, em sua grande maioria, ao passarem pela porta de entrada do colégio não se dão conta ou não sabem da riqueza e da arte cultural que está na entrada e sobre as cabeças dos mesmos.
Primeiro, destaco as duas grandes colunatas da arte e arquitetura gregas ( homenagem aos engenheiros e arquitetos gregos: Íctinos e Calícrates. Ligadas por um arco logo na entrada, simbolizando a união do espírito ( saber) com a matéria humana. Expressa ainda um caminho para o saber, permitindo um referencial para o equilíbrio e a ligação com os sentimentos que a arte inspira e o domínio aparente do poder racional sobre as emoções que o visual artístico  nos fascina.Logo após nos deparamos e identificamos os órgãos reprodutivos da fertilidade feminina e da geração do ser humano. A descrição acima são os tubas uterinas ligadas pelo canal central da porta até o grande bojo ( útero).
Duas são as interpretações possíveis a serem dadas: é preciso esclarecer um dado histórico “quem e porque colocaram tais símbolos?”. Muito simples. Vejamos: esta escola antes de ser chamada de Colégio Estadual Manoel Ribas fora habitada por uma Congregação de Irmãs religiosas de Santa Teresinha do Menino Jesus e com suas juvenistas: alunas internas, vocacionadas para a vida religiosa. Agora tudo fica muito claro.
A primeira interpretação é uma homenagem e uma exaltação à Virgem Maria por ter gerado em seu útero sagrado o Filho de Deus, Jesus Cristo. Assim visto, Maria é o canal de comunicação e de intermediação entre Deus e os homens, entre a Terra e os Ceus, entre a matéria e o espírito.
A segunda interpretação tinha e tem como fundamento uma filosofia pedagógica de vida através do seguinte lema: “aqui se dá Luz e Vida”. O útero materno em sentido lato, gera a vida, isto é, realização profissional e humana, e a vida em sua continuidade, gera luz  sabedoria e conhecimento.
Aliás, esses elementos descritos acima estão nas portas laterais, à esquerda (secretaria) pelo desenho da figura da “cabeça” de uma juvenista com seus trajes típicos da época (as batinhas) e pelo “globo”; À direita (gabinete diretor) pelos “livros”.
Além destas descrições temos ainda os cravos, grandes e pequenos, incrustados nas portas, significando que o saber pertence à todos os quadrantes do universo social, quer sábios ou não, ricos ou pobres. Para chegar a plenitude do saber é preciso superar os sofrimento e as derrotas para atingir a felicidade, assim como os cravos sagrados da cruz de Cristo trouxeram a salvação e a felicidade para todos os seres humanos.
Espero que esta interpretação ajude a todos na divulgação e no entendimento dessa arte cultural simbolizada nas portas do Maneco. Concluímos afirmando porque o colégio Estadual Manoel Ribas faz parte do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul – IPHAE e do país pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional- IPHAN,não só pela arte e arquitetura de que é construído mas principalmente pelo profundo referencial e significado que o mesmo possui como instituição de ensino. Obrigado.



terça-feira, 28 de setembro de 2010

MANECO E SUA HISTÓRIA

Por Luiz Ferreira de Almeida Neto

1913 - Fundação da Cooperativa dos Empregados da Viação Férrea do Rio Grande do Sul (COOPFER). A cooperativa preocupava-se com a educação dos filhos dos associados e construiu escolas ao longo da ferrovia.

1914 a 1932 - Período em que o paranaense Manoel Ribas foi diretor comercial da COOPFER. Homem muito culto,viajou a Europa onde visitou as melhores escolas, a fim de encontrar um modelo de educação de bom nível. E foi nos liceus franceses que ele se inspirou para construir as melhores escolas para os filhos dos ferroviários: a Escola de Artes e Ofícios – Sessão Masculina, hoje hipermercado Carrefour;  e a escola de Artes de Artes e Ofícios - Sessão Feminina, a Escola Santa Terezinha do Menino Jesus, atual prédio do Colégio Manoel Ribas.

1920 - Implantação do grande armazém da COOPFER. Seus associados reivindicaram melhorias no sistema educacional e de saúde.

1921 - A COOPFER, que já havia criado a Escola Masculina de Artes e Ofícios, providencia, também, uma escola voltada à educação das moças. E foi numa casa da vila Belga, que se instalou provisoriamente a escola. Mas o espaço logo ficou pequeno frente a grande procura.

1922 - Na rua Ernesto Beck é construído um prédio para a referida escola destinada às moças. No dia 1º de maio é inaugurada a Escola de Artes e Ofícios para meninos, um convênio com os irmãos Maristas, responsáveis pela disciplina do ensino fundamental e médio. Foi inspirado no colégio de Parobé de Engenharia, de Porto Alegre (RS).

1923 – A cooperativa, autoriza a compra de um terreno nas imediações para construção de um prédio com acomodações para externato, internato e ensino profissionalizante.

1924 – A escola muda de endereço. As alunas são mantidas desde as séries iniciais até as complementares, que dava direito a exercer o magistério. Nos mesmos moldes da escola masculina, esta também foi inspirada nos liceus franceses, possuindo disciplinas profissionalizantes como costura, pintura, culinária, música, bordado e chapelaria.

1926 – Cooperativa divulga o projeto arquitetônico da nova escola para meninas.

1927 – Início da construção do prédio, onde hoje se encontra o Colégio Manoel Ribas.

1928 – Ocupação parcial das dependências da escola.

1929 – Conclusão da obra.

1930 – Inauguração solene do prédio. A sessão feminina da Escola de Artes e Ofícios recebe, então, o nome de Escola Santa Terezinha do Menino Jesus, ficando sob administração das irmãs franciscanas até o ano de 1942.

1940 – Estavam em funcionamento as duas escolas de Ofícios, a masculina e a feminina, com mais de 3.000 alunos matriculados, 200 deles internos.

1942 – A Escola Santa Terezinha passa a ser responsabilidade do governo do estado.

1943 – Até o ano de 1974, mais uma instituição de ensino ocupa o mesmo espaço físico. Trata-se da escola João Belém, que funcionou durante 31 anos no mesmo local.

1945 – A escola transforma-se em Escola Artesanal Dr. Cilon Rosa, permanecendo assim até 1965.

1953 – Ano de criação do Colégio Estadual de Santa Maria, por decreto do governador Ernesto Dornelles.

1954 – O Colégio Estadual passa a chamar-se Manoel Ribas depois de um ano de funcionamento junto ao instituto Olavo Bilac, que passou a funcionar neste prédio.

1974 - O Maneco passa a funcionar sozinho no prédio, com a primeira direção exercida pelo Pe. Rômulo Zanchi, com doutorado pela universidade Gregoriana de Roma, sendo professor em vários cursos da UFSM e UFRGS. Era conhecido por sua disciplina, respeito e qualidade que exigia dos professores e alunos.

1977 – O prédio que, até então pertencia a Cooperativa dos Empregados da Viação Férrea, passa a ser incorporado pelo governo do Estado.

1993 – A comunidade escolar faz uma manifestação popular para chamar atenção das autoridades acerca da precariedade do prédio do colégio Manoel Ribas, tendo apoio de políticos atuantes e ex-alunos influentes. Dessa forma, conseguiu liberação de verbas para sua restauração.

1995 – Foi sancionado um decreto do executivo tombando o prédio como Patrimônio Histórico Municipal.

1997 – Antônio Britto, então governador do Estado na época, determinou o início das restaurações. Foram utilizadas altas tecnologias em recuperação e restauro do patrimônio no estilo original do prédio. Apenas algumas mudanças na estrutura, como o anexo para banheiros e elevadores, foram realizadas.

1998 – A inauguração solene da restauração total do prédio contou com a presença de políticos e autoridades, para a alegria da comunidade escolar e da comunidade em geral.

1999 – Início da construção do ginásio de esportes no pátio do colégio.

2000 - O prédio do Colégio Manoel Ribas é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico  do Estado.